quarta-feira, 12 de março de 2008

Fragmentos de uma realidade obscena






Guardam segredos que são camuflados nos Contos - Suspense, as teias de aranha saídas do terror noturno nos livros de ética.

Quem?


Na posse do humor pinta o segredo de rosa choque: é lâmina que cega poupa, amolada e na jugular do senador, fere!

Correm deputados.

Cerra-se a cortina e o teatro tem seu fantasma, Brasília tem seus laranjas.

No picadeiro, são avenidas que se cruzam, os semáforos em amarelo. Alerta total na cidade que exclui o pedinte humilhado.


O Amor dá lugar ao desejo; trai a fêmea, o macho esparramado no sofá de couro, amassos molhados dão cria. Crianças surgem enfileiradas nas escolas às avessas; tem sopa, tem bolo de fubá, tem professor de matemática e funk.

Como?


A dança do créu e o Dr que desconhece a realidade.

Os caixões com a alça dourada e as freiras mumificadas fazem no chão de terra fértil a oração. O sambista canta:

... Agora vou mudar minha conduta, eu vou para a luta...

Com que roupa eu vou?


A realidade se torna obscena no uivo do lobo que enche o labirinto auditivo do Deus pagão. Labareda cospe o circense. A rosa de plástico vira lenço e a mágica magistral entoa a criatura que surge das águas.


Yemanjá!

Sereia,

Afrodite!

Rainha,

Mito e suor,

Calor e sonho,


Aliança real, entre saber e poder!


Syl Signoretti


Um comentário:

Maria Cristina Nunes Adão disse...

dig e repito: é realmente mágico esse texto! beijinhos